A Santa Casa de Porto Alegre está com a emergência do Sistema Único de Saúde (SUS) temporariamente fechada para o atendimento de adultos. A medida, segundo a instituição, foi adotada por conta da superlotação. Nesta sexta-feira, 54 pacientes eram atendidos – o que excede em 190% o limite operacional do setor.
A prefeitura de Porto Alegre recomenda que os pacientes procurem, como alternativas, as emergências dos hospitais São Lucas da PUC, Conceição, Restinga, Vila Nova e de Pronto-Socorro (HPS).
A Santa Casa afirma que desde o início da semana tenta adotar o funcionamento intermitente da emergência - o que desde quinta-feira (23) não foi mais possível. Sem poder receber novos pacientes - apenas os que vêm de outras unidades de saúde, a instituição informou a situação aos órgãos reguladores municipal e estadual, além do Ministério Público do RS.
Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde diz que não foi informada sobre o fechamento da emergência SUS e que a instituição hoje à tarde teria 42 leitos livres na enfermaria para atendimento à população.
O que diz a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
"A Santa Casa de Porto Alegre esclarece que, diante do absoluto risco assistencial que compromete a segurança dos pacientes, a Emergência SUS para atendimento adulto está temporariamente fechada, recebendo apenas pacientes encaminhados pelos órgãos públicos de saúde. A decisão considera a infraestrutura e a capacidade operacional do espaço que, nesta sexta-feira (24), conta com pelo menos 54 pacientes, operando com mais de 190% de superlotação.
Não havendo mais espaço sequer em cadeiras, além de pontos de oxigênio, equipamentos de ventilação mecânica e a disponibilidade de leitos de UTI, a instituição busca também evitar a potencialização da possibilidade de eventos críticos que comprometam a saúde dos pacientes. Salientamos que já foram comunicados, para as devidas providências, os órgãos reguladores municipal e estadual de saúde, bem como a Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público.
Diante da atual realidade, novos atendimentos só serão possíveis após a normalização da situação."