
Depois de acolher mais de 150 pessoas vítimas da enchente, o edifício localizado no Centro Histórico, na Rua Marechal Floriano Peixoto, conhecido como "Prédio dos Sonhos" tem novo propósito: agora funciona como centro de referência para trazer possibilidades para pessoas com deficiência ingressarem no mercado de trabalho.
Com treinamento de libras e cursos profissionalizantes, a batalha agora é outra: trazer oportunidades de geração de renda para quem sofre com a exclusão.
Além disso, o local também vem recebendo famílias do Interior, que precisam de pouso durante situações desafiadoras como tratamentos médicos.
A ideia do "Prédio dos Sonhos"
O edifício surgiu de muitas mãos, de cimento e da coragem de Vitor Freiberg, que é o fundador do Instituto Pertence, ao lado de Sarita Zinger.
Em maio de 2024, no meio do caos, da chuva, das cidades alagadas, a equipe do instituto só pensava em ajudar as famílias atingidas. Acostumados a conviver com os desafios dos atípicos, Freiberg, Sarita e a equipe de cem pessoas do Pertence começaram a trabalhar nos primeiros dias da enchente.
O desafio inicial era mapear onde estavam essas pessoas nos abrigos. Depois de encontrá-las e descobrir quais doações precisavam, a busca por lugares específicos para esse público era urgente. Uma criança autista, por exemplo, tem dificuldade de permanecer num abrigo cheio de gente, com barulho, luzes e sem rotina.
O projeto
Carinho e afeto
Instituto Pertence
Há 14 anos, os dois professores se uniram para mudar a vida de adolescentes e adultos com deficiência. O trabalho começou com um grupo de convivência que organizava aulas, passeios e oficinas. O projeto preenchia a necessidade de pertencer de quem convive desde a adolescência com a solidão.
Até hoje, milhares de pessoas com deficiência já foram impactadas pelos projetos de dança, teatro, oficinas profissionalizantes, viagens e projetos de lazer do Pertence.