Os desafios e os caminhos para construir ecossistemas de startups no Rio Grande do Sul foram o centro do debate em um dos painéis do South Summit, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (4), dia que marca a abertura do evento internacional. Representantes de universidades, do Instituto Caldeira e do Sebrae-RS dividiram o espaço do Innovation Stage, durante o período da tarde, para discutir o tema.
Em um ambiente lotado, com pessoas dividindo o espaço até a porta do local, o diretor do Parque Científico e Tecnológico da Furg (Oceantec), Artur Gibbon, afirmou que o Estado tem vivido, nos últimos anos, uma fase de grande incentivo à inovação, com muitos editais e outras ações nesse sentido. Para que esse ambiente ganhe força e tenha mais potencial, Gibbon cita a importância de continuar levando oportunidades ao interior e trazer essas regiões de fora da metrópole para dentro desse avanço, acelerando a inovação no Estado.
— Temos esse potencial no interior do Estado. A gente precisa continuar fomentando essa expansão no interior. Espraiar isso para o Rio Grande do Sul. Continuar com esse movimento — destacou Gibbon.
O diretor-superintendente do Sebrae-RS, André Vanoni de Godoy, citou alguns dos pilares que ele considera fundamentais para o avanço da inovação e das startups no Estado. Bom ambiente regulatório, articulação entre governo, empresas, sociedade civil e academia, conhecimento, talentos e recursos são pontos importantes dentro desse processo, segundo Godoy. Nesse sentido, o dirigente destacou que a colaboração é essencial em ambientes de inovação para quebrar limitadores de projetos:
— Se não tiver ação conjunta de todas as partes, o resultado vai ser muito inferior ao que poderia ser alcançado com a colaboração. — Sozinhos eles podem fazer muitas coisas, mas vão ter um crescimento limitado — complementa Godoy.
Head de startups do Instituto Caldeira, Debora Chagas também destacou a importância da participação de todos esse atores para criar um ambiente melhor para inovação no Estado. A especialista elencou alguns dos principais motivos que dificultam o caminho das startups na busca pelo sucesso. Pesquisa trazida por ela mostra que 42% dos negócios não prosperam por falta de mercado.
— Muitos negócios começam a ser idealizados, validados e mais lá na frente a startup se dá conta de que não tem Mercado — pontua Debora.
A integrante do Instituto Caldeira terminou sua participação no painel com uma frase que reforça a importância da colaboração dentro do processo de inovação envolvendo startups.
“As empresas do futuro atuam em rede e se apoiam em ecossistemas”, dizia frase em apresentação da palestrante.
A secretária adjunta de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, mediou os debates.