
A Câmara dos Deputados formalizou o pedido de licença do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (21). A Casa também convocou o suplente dele, Missionário José Olímpio (PL-SP), para assumir a vaga durante o período de afastamento. As informações são do g1.
Na quinta-feira (20), Eduardo apresentou um pedido formal de licença parlamentar por um período total de 122 dias, para morar nos Estados Unidos. No site da Câmara, ele já aparece como "não em exercício". Do total, dois dias são para tratamento de saúde e outros 122 para tratar de assunto de interesse particular.
O parlamentar fez o anúncio numa rede social, uma semana antes do julgamento no STF que pode tornar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado.

Quem assume?
Ligado à Igreja Mundial do Poder de Deus, José Olímpio foi deputado federal pelo Estado de São Paulo por dois mandatos, entre 2011 e 2019. Foi vereador em Itu e São Paulo e passou pelo MDB, PP, PPB, DEM e União Brasil antes de se filiar ao PL.
Ele foi o segundo mais votado em São Paulo, com 61.938 mil votos. O primeiro suplente é Adilson Barroso (PL-SP), que já está em exercício por Guilherme Derrite (PL-SP) ter assumido o posto de secretário de Segurança de São Paulo.
Bolsonarista, o religioso participou ativamente da campanha de Bolsonaro à Presidência em 2022. Vereador de São Paulo à época e candidato a deputado, o missionário divulgou um vídeo com a imagem de Bolsonaro contra o aborto e defendeu: "Desrespeitar a vida é desrespeitar a Deus".
Em 2020, nas eleições municipais, o missionário posou ao lado de Bolsonaro e gravou vídeo ao lado do pastor Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus.
Durante o primeiro mandato como deputado federal, em 2014, José Olímpio apresentou um projeto de lei para "proibir o implante em seres humanos de identificação em forma de chips e outros dispositivos eletrônicos". Na justificativa do projeto, o parlamentar argumentou que a medida visava impedir que uma "nova ordem satânica" fosse implantada.
Como são definidos os suplentes?
Após o fim da eleição, a Justiça Eleitoral divide o total de votos válidos (excluindo brancos e nulos) pela quantidade de vagas a que cada Estado tem direito na Câmara para definir o quociente eleitoral, o número de votos necessários para eleger cada deputado federal.
Posteriormente, divide-se o número de votos obtidos por cada partido ou coligação pelo quociente eleitoral. O resultado é o quociente partidário, número que define quantas vagas cada legenda terá direito na Casa.
Com os cálculos definidos, segundo a Câmara dos Deputados, as vagas são preenchidas de acordo com a ordem de votação dos candidatos de cada partido ou coligação. Os mais bem votados ocupam as vagas a que cada partido tem direito. Em seguida, seguindo a ordem de número de votos, estão os suplentes.