Sempre me considerei uma pessoa amistosa, daquelas que cumprimenta os outros com entusiasmo e beija as bochechas alheias de verdade. Mas aí veio 2020, com todas as restrições deste ano pandêmico. Tive que reaprender a encontrar as pessoas em ambientes sociais e ter que saudá-las com um aceno, uma piscadela (no meu caso, com os dois olhinhos fechando ao mesmo tempo, já que não sei piscar), com toques de cotovelos ou pontas de pés e, com exceções, simulando desajeitados soquinhos.
Em busca da naturalidade dos encontros
Meu desejo para 2021: abraços liberados!
Às vezes, eu perco a compostura e tento ensaiar o gesto, de longe, de máscara, virando o rosto na direção oposta da pessoa
Tríssia Ordovás Sartori
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