— Bota a mãozinha na parede / Que eu te deixo forte / Pede com maldade / Toma pocpoc — cantaram a plenos pulmões os planetários na madrugada deste sábado (1º).
Foi com a pedrada inicial Pocpoc, hit gravado para o seu mais recente álbum, Astro, lançado no ano passado, que Pedro Sampaio plugou o público do Planeta Atlântida em suas picapes e o manteve assim até o final de sua apresentação.
E isto não é uma tarefa fácil, visto que o DJ foi o responsável por encerrar a primeira noite do evento — assim como no ano passado — , depois de diversos artistas subirem ao palco e colocarem o público para dançar e cantar.
Sampaio iniciou seu show às 3h24min. Pelo horário, a lógica seria que os planetários estivessem cansados, mas ninguém se entregou. Uma parte do público recarregou as energias sentada no chão mesmo. A outra, que já estava na vibe, dançando com a música eletrônica em uma espécie de “aquece” para o artista.
Quando o show de fato começou, a arena estava lotada e os presentes pularam e cantaram como se o Planeta Atlântida tivesse a recém começado. A festa pirotécnica de Sampaio misturou as músicas de Astro com uma série de versões de hits de outros artistas, que ganharam a cara de Pedro Sampaio.
— Quem está preparado para viver a melhor noite da sua vida? — questionou o artista, sem nenhuma modéstia.
Depois, mandou o público se abraçar e pular. E foi atendido, não importando a dificuldade do movimento.
Sampaio emendou Pocpoc com Sequência Revolucionária, a qual ele próprio se classifica como “astro” e “revolucionário”. Pela empolgação dos planetários, ninguém discordava.
Na sequência, ele enfileirou trechos de diversos hits de diversos artistas, sejam nacionais ou gringos, de Anitta a Rihanna. Claro, todas versões “pedrosampaizadas”, remixadas e com batida criada pelo DJ — inclusive, com a versão batidão de Eu Sou do Sul, com o DJ ainda perguntando:
— Quem tem tem orgulho de ser gaúcho levanta a mão.
Todo a Saba levantou. Ou, pelo menos, até onde os olhos puderam enxergar, havia mãos para o alto.
E depois do alto, o público foi para baixo, com No Chão Novinha, parceria dele com Anitta. Em um dos poucos momentos em que Sampaio deixou o seu palco em silêncio foi para ouvir o público cantar Firework, de Katy Perry — e, é claro, houve fogos de artifícios na hora.
No palco montado para Sampaio, uma estrutura de metal ficou atrás do DJ, frequentemente usada por seus dançarinos. Sampaio, em diversos momentos, pareceu o capitão da Enterprise, de Star Trek, comandando uma nave.
— O Rio Grande do Sul tem uma grande importância para mim. Foi o primeiro lugar que eu saí para tocar fora do Rio de Janeiro — disse Sampaio, alegando, logo em seguida, que tinha vontade de fazer um striptease em cima do palco.
Mas foi só a deixa para prometer que a sua música nova, Sequência Striptease, será sucesso no Carnaval deste ano.
Logo depois, ele se enrolou em uma bandeira personalizada do Rio Grande do Sul, com o logo do Planeta Atlântida no centro, e chamou duas fãs para subir ao palco e participar de um “desafio striptease”. As escolhidas tiveram que mergulhar a cabeça em um balde com água e depois bater o cabelo. Ambas disseram que amam o artista e puderam ficar curtindo a apresentação de cima do palco.
Ao terminar a apresentação, Sampaio foi até a frente do palco, revelando estar usando muletas por causa de uma lesão no joelho e, emocionado, agradeceu a todos os presentes. Ele ainda secou as lágrimas na bandeira do Rio Grande do Sul.