É como se estivéssemos agarrados ao mastro de um navio que está afundando. A vida no limiar da existência, depois, o desconhecido. Daí o medo, a insegurança, a violência. Alguns fazem de conta que nada está acontecendo. Dançam pelo convés, brindam, sorriem. Acreditam que tudo voltará a ser como era antes, onde poderão repetir suas vidas, suas rotinas, sabendo que cada respiração é igual a que a precedeu. Fingem bem. Fingimos bem. Acreditamos numa realidade duradoura que vai do passado ao futuro, sobrevivendo ao presente.
Opinião
Adriana Antunes: desapareceremos?
Não há alternativas, o que há é a vida que nos atravessa e segue em frente, apesar das dores, da violência, do descaso, da ignorância
Adriana Antunes
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