A trágica morte do escrivão Rodrigo Wilsen da Silveira, chefe de investigação da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí, na Região Metropolitana, é um daqueles momentos em que, além de se unir em solidariedade a seus familiares, amigos e colegas, a sociedade deve prestar homenagens a esses heróis do nosso cotidiano. Civis ou fardados, os policiais gaúchos que estão na linha de frente do combate ao crime convivem diariamente com o espectro da morte. Mas, quando ela surge traiçoeiramente em plena atividade na rua, é como se toda a população sofresse um golpe. Além de solidariedade e luto, o assassinato de um policial no mais nobre exercício do seu dever – a defesa da sociedade – deve ser sempre recebido com indignação e repúdio.
A morte desses heróis anônimos, assassinados por vezes friamente enquanto a população ainda dorme, como foi o caso de Rodrigo, não pode nunca ser encarada com naturalidade. É preciso que a sociedade apoie a polícia, denunciando criminosos e rejeitando atividades ilegais, como o tráfico e a receptação de objetos furtados ou roubados. É preciso que a sociedade tenha sempre em mente que a leniência com o crime mancha aqueles que de alguma forma colaboram com os bandidos – seja pela corrupção ou pelo estímulo ao tráfico de drogas – e contribui para que episódios trágicos como esse não tenham um fim.
A morte em serviço do servidor Rodrigo Wilsen da Silveira não pode ter sido em vão. É preciso que sirva de alerta para a necessidade do quanto os policiais devem ser bem equipados e valorizados pela comunidade. É preciso que sejam fortalecidos e respeitados pelos criminosos, e não que venham mais a sucumbir nas mãos deles.