A população gaúcha vem pagando, há mais de 20 anos, por uma deformação do serviço público: as diárias para os policiais militares que atuam em presídios do Estado. Esses agentes recebem seus vencimentos para policiar as cidades – o que não fazem, por atuarem como carcereiros – e mais um extra institucionalizado na forma de diária contínua. A distorção representa um gasto significativo para os cofres públicos e só será enfrentada quando houver investimentos em agentes penitenciários, aos quais precisa ser devolvida a tarefa de cuidar dos presídios. Antes, será preciso enfrentar a previsível resistência dos próprios PMs e o temor do governo de agravar ainda mais a questão da segurança com uma decisão precipitada.
Editorial