Ainda que os dois episódios de violência registrados no último final de semana tenham proporções diferentes e motivações diversas, segundo o que já foi apurado até agora pelas investigações policiais, não há dúvida de que a campanha eleitoral para a prefeitura de Porto Alegre atinge um limite inaceitável, que requer providências das autoridades e urgente reposicionamento dos partidos e candidatos. Se o nível do debate político já era preocupante nos confrontos públicos e na propaganda eleitoral, a guerrilha das redes sociais chegou a extremos de agressividade que podem ter contribuído para a tragédia que causou a morte do coordenador da campanha do PMDB, Plínio Zalewski. Os registros policiais e as queixas contra a invasão de sua intimidade indicam que ele se julgava perseguido pelos adversários políticos que costumava criticar nos seus textos e nas suas postagens.
Editorial