O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, pediu às potências europeias que tomem rapidamente uma "decisão importante" sobre retomar as sanções ao Irã, na véspera de uma nova rodada de negociações em Roma entre americanos e iranianos.
Os europeus "têm que tomar uma decisão importante muito em breve sobre a reinstauração das sanções, porque o Irã está claramente fora do cumprimento do acordo atual", declarou no aeroporto parisiense de Bourget, um dia após uma reunião com seus homólogos europeus na capital francesa.
Durante seu primeiro mandato, o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos de um acordo nuclear histórico, assinado em 2015, que limitava o programa nuclear iraniano em troca de uma flexibilização das sanções.
Teerã cumpriu o acordo até a retirada de Washington, mas depois começou a se desvincular de seus compromissos.
Desde então, os esforços para retomar o pacto de 2015 fracassaram.
"Todos deveríamos prever que estão prestes a receber um relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) que indica que não apenas o Irã está fora de conformidade, como também está perigosamente perto da arma, mais perto do que nunca", advertiu Rubio.
O secretário-geral da AIEA, Rafael Grossi, declarou na quinta-feira em Teerã que o tempo está acabando para alcançar um acordo sobre o programa nuclear.
Estados Unidos e outros países ocidentais suspeitam que o objetivo deste programa seria desenvolver armamento nuclear. Teerã responde que sua finalidade é exclusivamente civil, principalmente para a geração de energia.
Irã e Estados Unidos realizarão no sábado em Roma uma segunda rodada de conversações, com a mediação de Omã, onde aconteceu na semana passada a primeira série de contatos.
* AFP