7 dicas de como começar um diálogo com o filho quando ele está muito ansioso e irritado

Não é só adulto que sofre com estresse. Percebo que, em semanas de provas e de muitas tarefas a entregar, o guri também fica "pilhado", queixando-se da falta de tempo para o lazer. Quando o problema é nosso, classificamos a corrida diária e o cansaço como um "problemão". Quando é narrado pelos nossos filhos, já vamos concluindo que é "probleminha" ou então um tremendo exagero, "já que ele tem só isso para fazer: ir às aulas, fazer o tema e estudar".

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Muitas vezes, não percebemos que a agenda anda muito cheia e que eles também podem estar sofrendo com a sobrecarga de tarefas diárias. Alguns fatores como perdas ou traumas e até mesmo pressões por bom desempenho na escola podem causar ansiedade nos pequenos e nos mais grandinhos. Irritação, demora para pegar no sono ou até insônia e mudança repentina no apetite são citados como sintomas de que algo não vai bem.

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Quando os momentos de tensão se tornam frequentes, é sempre bom chamar para uma conversa. Acolher. E mostrar que você entende e quer ajudar. O portal norte-americano Popsugar sugere 43 frases para começar esse diálogo. Seleciono algumas que achei pertinentes e acrescentei alguns elementos, concluindo que servem também para uma conversa entre adultos, como de mãe para pai ou vice-versa.

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1 – Você não precisa saber fazer tudo e nem se cobrar tanto. Sabemos o quanto está se esforçando.

2 – Sei que você está se sentindo estressado, pressionado, cansado. Quem sabe conseguimos resolver isso juntos, um ajudando o outro?

3 – Você não está sozinho, tem muita gente torcendo por ti e querendo que tudo dê certo.

4 – Eu posso sentir que algo está te preocupando e estou aqui quando você estiver pronto para falar sobre isso. Mas vamos falar só na hora em que quiseres, ok?

5 – Ter sucesso é sempre fazer o melhor que você pode, não é só ganhar. Se você não erra, não aprende a ser uma pessoa melhor, não aprende a tirar proveito dos fracassos. Que tal abraçar os nossos erros?

6 – Se (citar o nome de algum personagem que seu filho gosta muito ou de um amigo muito querido) estivesse nessa mesma situação, o que será que ele faria? Como resolveria?

7 – Lembra da última vez em que teve um problema como esse e como deu tudo certo no fim? Vamos relembrar de como você agiu para resolver a situação? E vamos tentar de novo?

Crônicas:
A receita de Sônia, por Marcelo Canellas
E a vida continua, por José Otávio Binato
Nós que nos precisamos tanto, por Jumaida Rosito

Como podem perceber, é para crianças mais grandinhas. Para os pequenos, o "agora, vamos esquecer isso e jogar um pouco", o "eu entendo totalmente e você vai ficar bem" ou "o que eu posso fazer para te ajudar?" podem funcionar melhor. O importante é que a garotada se sinta acolhida e entendida em sua dor e problema. Que ajudemos a encontrar a saída com perguntas que possam esclarecer a motivação do problema e encaminhar soluções que partam da própria criança ou adolescente. Se conseguirmos ao menos não julgar seus sentimentos, teremos mais chance de sucesso na ajuda. Lembrando que temos profissionais muito preparados e competentes para nos orientar sobre a melhor forma de agir. Estresse infantil não é brincadeira de criança.