Com vetos destinados a agradar parlamentares, mas mantendo o princípio moralizador de impedir a nomeação de dirigentes partidários e cabos eleitorais para a diretoria de empresas públicas e sociedades de economia mista, o presidente interino Michel Temer sancionou na última quinta-feira a Lei de Responsabilidade das Estatais. Assim, o governo tenta colocar em prática uma legislação idealizada como resposta ao escândalo da Petrobras. Um dos propósitos da nova lei é restringir o loteamento político do Estado, reconhecido como fonte de corrupção. Para tanto, os próprios legisladores, assim como governantes e outras autoridades, terão que abrir mão do privilégio histórico de nomear aliados, amigos e parentes para cargos empoderados e bem remunerados.
Editorial