
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) revogou a contratação da empresa que iria reformar as casas de bombas do Centro Histórico, Beira-Rio e Sarandi. O ato foi publicado no Diário Oficial de Porto Alegre na semana passada.
Segundo a autarquia, o edital continha uma exigência que desclassificou quase todas as concorrentes, impedindo a competição entre as empresas interessadas. Pelas regras anteriores, quem fornecesse as novas bombas precisaria tê-las fabricado.
O que chama a atenção é que a regra era conhecida por todos os participantes antes do início da abertura das propostas. Além disso, essa era a segunda fase de corte.
A primeira fase da disputa era a que escolhia a empresa que ofereceu o menor preço. O consórcio MSH EBAPs, formado pelas empresas MGM, SJF e HIGRA Industrial, foi o escolhido.
O grupo ofereceu realizar o serviço ao custo de R$ 49,16 milhões. O valor era 5% inferior ao que o Dmae pretendia gastar - R$ 51,9 milhões.
Uma nova licitação será relançada nas próximas semanas. Chamadas de estações de bombeamento de águas pluviais (Ebaps), elas estão localizadas no Centro Histórico (17 e 18), no entorno do estádio Beira-Rio (12) e na Vila Minuano, no bairro Sarandi (20).
Quem vencer a disputa precisará reformar os prédios, elevar os painéis elétricos, substituir motores e realizar a instalação de geradores permanentes. Os trabalhos precisarão ser executados num período de oito meses.
Segundo a prefeitura, todas as 23 Ebaps de Porto Alegre estão em funcionamento e passaram por revisão após a enchente. Dezenove delas estão sendo projetadas para se tornarem resilientes em caso de cheia do Guaíba.
Enquanto as obras definitivas não são realizadas, as casas de bombas do Centro Histórico passaram por intervenções. Os motores foram protegidos de eventuais cheias com a construção de chaminés para receber a água da chuva.