A manutenção da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) , enquanto o mercado apostava em elevação, deixou o Banco Central vulnerável, diante das desconfianças de que se tornou vítima de ingerências políticas nesse tipo de decisão. Uma das consequências imediatas foi a elevação das taxas de retorno dos títulos da dívida do governo, que servem como referência para a inflação projetada pelo mercado. Simultaneamente, o acumulado em 12 meses do IPCA-15 acelerou em janeiro, atingindo 10,74%. Fica evidente, assim, que esse custo será arcado principalmente pelo consumidor com menos alternativas para proteger seu dinheiro dos efeitos corrosivos da inflação elevada, o que é inaceitável.
Editorial