O grupo de países islâmicos aprovou nesta sexta-feira a proposta da Liga Árabe de reconstrução da Faixa de Gaza elaborada em resposta à proposta dos Estados Unidos de assumir o controle do território palestino, informaram dois ministros à AFP.
"A reunião ministerial de emergência da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) aprovou o plano egípcio, que se tornou um plano árabe-islâmico", disse o chanceler do Egito, Badr Abdelatty, o que foi confirmado por seu colega do Sudão.
O acordo entre os 57 países da OCI foi fechado durante uma reunião do bloco em Jidá - três dias após a Liga Árabe aprovar o plano no Cairo - e contempla um investimento de US$ 53 bilhões para a reconstrução da Faixa de Gaza em cinco anos. A Liga Árabe também concordou no Cairo em criar um fundo para financiar a reconstrução da Faixa de Gaza, e pediu o apoio da comunidade internacional.
"O próximo passo é que o plano se torne um plano internacional aprovado pela União Europeia e por atores internacionais, como Japão, Rússia e China", disse Abdelatty. O plano não define o papel do movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Autoridades palestinas denunciaram hoje um incêndio na mesquita histórica Al Nasr, na cidade ocupada de Nablus, na Cisjordânia, durante uma incursão de forças israelenses. A AFPTV registrou imagens de palestinos inspecionando o interior parcialmente incendiado da mesquita.
Segundo testemunhas, a operação militar ocorreu de madrugada. O Exército de Israel não se pronunciou sobre o assunto. Autoridades religiosas informaram que seis mesquitas foram danificadas.
O Ministério de Assuntos Religiosos palestino considerou os danos às mesquitas "um ataque grave, por sua magnitude e seu momento", e condenou o que chamou de "plano sistemático para profanar nossos locais sagrados, mesquitas e lugares de culto".
Israel lançou nas últimas semanas uma ofensiva no norte da Cisjordânia, iniciada ao redor dos campos de refugiados considerados redutos dos grupos combatentes palestinos.
* AFP