O Senado dos EUA, de maioria repuplicana, aprovou, nesta sexta-feira (21), um projeto de lei orçamentária que liberaria fundos que o governo Trump está exigindo para a segurança na fronteira e outras prioridades, embora o texto não tenha o apoio do presidente.
O projeto de estrutura reduzida, que não prevê cortes de impostos, como deseja Trump, foi adotado após uma votação que durou a noite toda sobre várias emendas apresentadas pelos democratas.
A pressão recai sobre a Câmara dos Representantes, cujos líderes republicanos insitem em querer aprovar seu próprio texto orçamentário, "um grande e bonito projeto de lei" segundo Trump, que inclui cortes de impostos para grandes empresas.
No entanto, se não estabelecerem um acordo a curto prazo, poderiam recorrer à estrutura orçamentária mais restrita adotada no Senado nesta sexta-feira.
A resolução validada permitiria que o orçamento fosse aprovado no Senado com apenas uma maioria simples, em vez de 60 votos. Os republicanos controlam a câmara, mas com apenas 53 assentos.
Antes de se converter em lei, qualquer projeto de orçamento também deveria ser aprovado pela Câmara de Representantes, onde os republicanos têm uma estreita maioria.
Os republicanos do Senado estão pressionando para aprovar o orçamento reduzido para ajudar Trump a obter vitórias políticas iniciais em questões como a migração.
Sua versão postergaria outras iniciativas como a extensão de créditos tributários, que Trump implementou em seu primeiro mandato e que expiram no final do ano.
A liderança republicana na Câmara prefere o projeto de lei "grande e bonito" que inclui os créditos fiscais e outras medidas emblemáticas.
Programas federais abrangentes, como o Medicare e o Medicaid, que fornecem seguro-saúde a milhões de americanos, podem ser um alvo para os conservadores ferrenhos, pois eles tentam compensar o custo da extensão dos créditos fiscais de Trump.
* AFP