
Um Inter muito modificado, quase reserva, abre neste sábado (22), 16h30min, a semifinal do Gauchão. No Estádio Centenário, enfrenta o Caxias precisando se reinventar, mais uma vez, na hora decisiva do Estadual. Roger Machado terá bastante trabalho para montar o time e voltar a uma final depois de três anos de ausência.
São oito desfalques na comparação com o time que ficou 16 jogos invicto no ano passado. So três remanescentes daquela campanha histórica no Brasileirão estarão em campo na Serra.
Vitão, Bernabei e Fernando são a memória da equipe que chegou em quinto lugar no campeonato nacional. Rochet, Bruno Gomes, Mercado, Bruno Tabata (ou Gabriel Carvalho), Alan Patrick, Wesley e Borré estão lesionados. Thiago Maia foi negociado com o Santos. O clube alimenta esperanças de que Alan Patrick e Borré possam ficar à disposição em algum momento do Gauchão. Os demais estão fora.
Seus substitutos são conhecidos. Anthoni no gol, Aguirre na lateral direita, Victor Gabriel que tem dado conta na zaga, Bruno Henrique de volante, o trio ofensivo com Vitinho pela direita, Carbonero centralizado e Wanderson na esquerda, e Valencia de centroavante.
O único alento de Roger é o retorno dos dois guris campeões do Sul-Americano sub-20. O meia-atacante Gustavo Prado e o centroavante Ricardo Mathias ficam à disposição do técnico para estrear no Gauchão. E serão alternativas importantes para seus setores.
O desafio da semifinal
O primeiro jogo da semifinal costuma ser traiçoeiro para o Inter nos últimos anos. Desde 2022, o time não consegue passar dessa fase. No primeiro ano, caiu para o Grêmio ao levar 3 a 0 em casa. Na volta até venceu, 1 a 0, resultado insuficiente. O Tricolor, à época, era treinado pelo próprio Roger.
Em 2023, contra o mesmo Caxias, empatou no Centenário. Na ocasião, o técnico Mano Menezes considerou um bom resultado porque confiava no desempenho em casa para garantir a vaga. Mas o 1 a 1 do tempo normal levou a pênaltis e os visitantes avançaram. Em 2024, repetiu-se a situação, mas contra o Juventude. Igualdade sem gols no Alfredo Jaconi, 1 a 1 no Beira-Rio e queda nos pênaltis.
Ao menos dois jogadores devem ter aprendido as lições. Vitão e Wanderson estavam nas duas eliminatórias. E estarão em campo neste sábado. Vitão, porque se manteve como titular da zaga; Wanderson, porque Wesley está lesionado.
Coudet também teve baixas
O passado mostra que voltar sem vantagem da partida de ida não significa avançar à decisão. Mas, assim como em 2024, o Inter abre a fase decisiva sem opções.
Eduardo Coudet não tinha Fernando, Thiago Maia e Borré, contratados depois do fechamento do período de inscrições do Gauchão. Valencia estava voltando de lesão. Os desfalques agora estão em maior número. Roger terá de ser um estrategista para que o time não sinta tanto as baixas.
Em um Gauchão tão importante, é sinal de alerta chegar com tantos problemas. Para ser campeão novamente, o Inter precisará superá-los.