O Reino Unido e a França estão considerando criar uma força militar europeia de "menos de 30 mil soldados" para fornecer segurança à Ucrânia após um hipotético acordo de paz em seu conflito com a Rússia, informou a imprensa britânica nesta quinta-feira (20).
Citando "autoridades ocidentais", três jornais (The Guardian, The Financial Times e The Times) mencionam esse número de soldados para reforçar a segurança aérea e marítima da Ucrânia, com uma presença "mínima" em terra, longe da linha de frente no leste do país.
O contingente militar teria como objetivo impedir ataques russos a cidades, portos e infraestrutura ucranianos no caso de um cessar-fogo mediado pelos EUA, escreve o The Guardian.
Os europeus temem que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerre a guerra, iniciada pela Rússia há três anos, em termos favoráveis ao governo de Vladimir Putin, sem dar garantias de segurança à Ucrânia.
Volodimir Zelensky e Donald Trump trocaram ataques pessoais nos últimos dias, com o presidente dos EUA chamando seu colega de "ditador sem eleições".
Nesse contexto, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, são esperados em Washington "na próxima semana" para se encontrar com Donald Trump.
No domingo, o líder trabalhista disse que estava pronto para enviar tropas para a Ucrânia, se necessário, e no dia seguinte pediu aos Estados Unidos que fornecessem "uma garantia de segurança" para aquele país.
De acordo com Starmer, a garantia seria "a única maneira" de impedir que a Rússia atacasse a Ucrânia novamente.
O presidente Zelensky, que pediu a criação de uma força de dissuasão, mencionou o número de mais de 100.000 soldados.
* AFP