Após quatro dias de buscas intensas, bombeiros de Sapucaia do Sul localizaram, na tarde desta quarta-feira (17), o corpo de Jackson dos Santos Bobsin Franco, 25 anos, que havia desaparecido nas águas do Rio dos Sinos no último domingo (14). Conforme o comandante do grupamento, tenente Jerri Adriano Ramos, o corpo estava a cerca de 50 metros de distância do local onde ocorreu o afogamento.
O velório deve ocorrer na noite desta quarta-feira na capela do bairro Fortuna, no município da Região Metropolitana. Já o enterro está previsto para a manhã de quinta-feira (18). Até as 19h20min, o corpo ainda não havia sido liberado pela perícia.
Cleiton dos Santos Bobsin Franco, 26, irmão de Jackson, conta que o rapaz era o caçula de cinco irmãos. Ele participou das buscas e estava presente quando o corpo foi encontrado. Cleiton conta que o irmão sabia nadar, mas sofria de asma, o que provavelmente ocasionou o afogamento. Ele comenta que, apesar da tristeza da família, a lembrança que deve ficar é da risada contagiante do irmão.
— Ele tinha uma risada que contagiava as pessoas. Nós praticamente acampamos lá na beira do rio nas buscas. Saíamos às 6h e voltávamos às 19h. Imagina como é para uma mãe receber essa notícia — comentou o irmão.
O desaparecimento ocorreu quando o jovem nadava no rio, em um trecho na altura do final da Rua Formigueiro, no bairro Fortuna. Segundo o comandante, a corporação não trabalhava mais com a hipótese de encontrá-lo com vida, uma vez que amigos e familiares registraram o momento em que Jackson afundou sob as águas do Sinos.
As buscas foram efetuadas com apoio da Companhia de Busca e Salvamento de Mergulho de Porto Alegre e envolveram uma média de seis a oito agentes. Nesta quarta-feira, os mergulhadores iniciaram os trabalhos por volta das 8h, e o corpo foi localizado em torno das 16h.
Local impróprio
O comandante do Corpo de Bombeiros sapucaiense ressalta que nenhum local do Rio dos Sinos é próprio para banho e que, em épocas de cheia, a bacia alcança até 10 metros de profundidade. Ele aproveita e faz um apelo à comunidade:
— Nenhum local é propício para banho. É arriscado do início ao fim. O nosso rio tem muitos galhos. Os mergulhadores desceram mais de sete metros, mas, quando o rio está cheio, ele chega a 10 metros. Quero destacar que todas as situações de afogamento são demoradas e difíceis, pois as equipes trabalham no escuro. Pedimos que as pessoas não tomem banho em locais onde não há salva-vidas.