
Uma reunião de conciliação solicitada pela prefeitura da Capital e convocada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) será realizada na tarde desta segunda-feira (3). No encontro, marcado para as 14h no prédio do TRT, voltam a negociar os representantes dos rodoviários, do município, dos donos de empresas e da Justiça.
Durante a manhã, nenhum ônibus coletivo deixou as garagens em Porto Alegre. No entanto, pouco mais de 300 vans escolares circularam, aliadas às 400 lotações que já estavam operando, na tentativa de atenuar os problemas à população. A passagem em ambos os veículos é de R$ 4,20.
Ainda, vans e ônibus clandestinos operavam linhas entre os bairros e o centro livremente, com tarifas que variaram entre R$ 3 e R$ 5. Ouvintes relataram que motociclistas também ofereciam o serviço de mototáxi.
Greve dos rodoviários
A paralisação da categoria teve início na última segunda-feira (27) com a manutenção de 30% da frota em circulação. No segundo dia de greve, os rodoviários decidiram pela paralisação total das atividades após a Justiça determinar que pelo menos 70% da frota circulasse nos horários de pico. Na quinta-feira, algumas empresas voltaram a colocar ônibus nas ruas, mas na sexta os sindicalistas descumpriram novo acordo com a Justiça e houve greve geral.
A prefeitura entrou com ação judicial pedindo apoio da Brigada Militar para garantir a saída dos ônibus das garagens e chegou a cogitar a utilização da Força Nacional de Segurança para resolver o impasse. No fim da tarde de sexta-feira, a categoria decidiu, em nova assembleia, manter a paralisação geral.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a mobilização é necessária para pressionar as empresas de ônibus a aumentar a proposta de reajuste salarial. A categoria cobra aumento de 14%, mas os empresários se limitam a oferecer a reposição da inflação, de 5% a 6%.