Tudo corria normalmente para Fernanda Staniscuaski se tornar uma cientista bem-sucedida. Formada em Ciências Biológicas e com doutorado em Biologia Celular e Molecular, ambos pela UFRGS, fez pós-doutorado na Universidade de Toronto, no Canadá. Aos 29 anos, passou em um concurso para docente da federal onde havia estudado e, aos 30, já lecionava e conquistava editais de financiamento internacionais. A história começou a mudar dois anos depois, quando teve seu primeiro filho: passou a perceber uma dificuldade maior para obter verbas para pesquisa, porque as disputas exigiam uma produtividade inviável para a mãe de um bebê. Em 2016, já com o segundo filho nos braços (hoje são três), a pesquisadora criou o movimento Parent in Science (“Pais na Ciência”), que levanta dados sobre a disparidade de acesso das mães cientistas a instrumentos que lhes permitam avançar na carreira acadêmica e propõe mudanças nas políticas que ainda não levam em conta a parentalidade. Fernanda concedeu a seguinte entrevista a GZH.
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"Quando a maternidade vai ser prioridade na ciência?", questiona criadora do movimento Parent in Science
Bióloga e professora da UFRGS, Fernanda Staniscuaski coordena projeto sobre parentalidade na universidade e no desenvolvimento das pesquisas científicas