Diferentes municípios gaúchos seguem com aulas suspensas nesta segunda-feira (19), devido aos transtornos causados pelo ciclone extratropical que atuou sobre o Rio Grande do Sul no final da última semana. Na sexta-feira (16), pelo menos 23 cidades atingidas, do Litoral Norte até a região metropolitana de Porto Alegre, anunciaram o cancelamento das atividades nas redes municipais de ensino.
Em Caraá, um dos municípios mais afetados pelo fenômeno, as aulas permanecerão suspensas até a próxima segunda-feira, dia 26 de junho, conforme aviso publicado nas redes sociais da prefeitura no domingo (18).
Já em Maquiné, onde também houve grandes estragos, as aulas seguem suspensas nesta segunda, enquanto a Secretaria Municipal de Educação realiza um levantamento sobre como estão os estudantes, suas famílias e a comunidade como um todo, bem como as condições de cada escola. De acordo com a titular da pasta, Kelly Dalpiaz, a situação é muito diferente entre cada um das localidades.
— A partir dessa análise e escuta sensível é que vamos definir as próximas ações. Saliento que as escolas são ponto de apoio da comunidade e toda a nossa equipe de profissionais da secretaria está engajada auxiliando em tudo que é necessário desde a madrugada do dia 15 — afirma Kelly.
Na rede municipal de ensino de Novo Hamburgo, as atividades foram retomadas em algumas escolas, mas as 11 instituições afetadas de forma mais intensa ou que abrigam famílias que tiveram as casas prejudicadas pelo ciclone seguem com aulas suspensas (veja lista abaixo). Já na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) João Vidal Campanhoni, não haverá atendimento somente no turno da manhã. De acordo com a prefeitura, uma nova avaliação da situação será comunicada ao longo desta segunda-feira.
Escolas fechadas em Novo Hamburgo:
- EMEB Helena Canho Sampaio
- EMEB Castro Alves
- EMEB Bento Gonçalves
- EMEI Raio de Luz
- EMEB Conde d’Eu
- EMEI Lápis Mágico
- EMEB José de Anchieta
- EMEB Pres. Washington Luiz
- EMEB Pres. Tancredo Neves
- EMEI Chapeuzinho Vermelho
- EMEB Martha Wartenberg
Em São Leopoldo, a situação é semelhante, embora o número de escolas que permanecem fechadas seja menor. Na rede municipal, a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Acácia Mimosa não terá atendimento em função de problemas causados pelos alagamentos. Já Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Francisco Cândido Xavier continua fechada porque está abrigando famílias. Em ambas, ainda não há previsão de retorno.
Na rede conveniada de São Leopoldo, são cinco instituições fechadas, sendo que uma (Ammep) está alojando famílias e quatro (Gente Inocente, Juja Baby, Smilim e Talitha Kun) não terão atendimento devido a alagamentos. Para essas também não há previsão para a volta às aulas.
Conforme a Secretaria Municipal de Educação (Smed), na segunda e terça-feira (20), não haverá atividades de contraturno escolar do Programa Mais Educa que ocorrem fora das escolas. A Escola Municipal de Artes (EMA) Pequeno Príncipe estará fechada.
Em Osório, as aulas foram retomadas em todas as escolas, com exceção de uma, localizada no distrito da Borússia, que passou por intervenções nesta segunda e voltará às atividades normalmente na terça-feira (20).
Em Viamão, todas as 77 instituições de ensino municipais estão abertas para receber os estudantes. No entanto, segunda a prefeitura, sete escolas permanecem sem energia elétrica.
Cidades em que as aulas foram retomadas em todas as escolas:
- Alvorada
- Canoas
- Cachoeirinha
- Capão da Canoa
- Gravataí
- Sapucaia do Sul
- Torres
- Tramandaí
Rede estadual
Já na rede estadual de ensino, até o final de domingo (18), foram 120 escolas afetadas em 27 municípios da Região Metropolitana e do Litoral Norte, conforme o levantamento realizado pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc). Desse total, nesta segunda, 41 estão com as aulas suspensas, 18 com atividades parcialmente interrompidas e 20 foram atingidas, mas não tiveram seu funcionamento alterado. Em outras 41 instituições, não foi possível obter confirmação sobre as aulas, informa a pasta. Até o início da tarde desta segunda, a pasta não havia informado a lista das escolas fechadas.
Entre os prejuízos registrados nessas escolas, segundo a Seduc, estão danos na estrutura, perda de materiais tecnológicos para as aulas e mobiliários avariados como cadeiras, mesas e armários. Os municípios com a situação mais crítica são Caraá, Torres, Maquiné e Três Cachoeiras.
"A secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, e a equipe técnica da Seduc estão presentes nestas localidades ao longo desta segunda-feira (19) para oferecer o suporte necessário às comunidades escolares. O monitoramento da Seduc segue sendo atualizado ao longo do dia e um novo balanço será informado na parte da tarde", afirma a nota.