A Escola Estadual de Ensino Fundamental Herlita Silveira Teixeira, em Cidreira, no litoral norte gaúcho, está com as obras de reconstrução paralisadas há dois meses. A empresa que iniciou o serviço em agosto, abandonou os trabalhos no dia 5 de setembro alegando falta de material para a concluir a obra. A TC 2 Services disse que não recebe o repasse por parte do governo do Estado há 120 dias. Conforme a empresa, o atraso de pagamento é referente a outros contratos.
A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) afirma que está sendo discutido o pagamento de uma parcela do serviço na escola de Cidreira, visto que, conforme o órgão, a obra foi abandonada. Em relação aos outros contratos, a Secretaria não quis se manifestar.
No último contato feito pela Seduc com a TC 2 Services, ainda em setembro, a empresa comprometeu-se em retomar as obras no dia 17 de outubro, o que não ocorreu. Após essa data, nem mesmo a diretora da escola conseguiu contato com os responsáveis. A previsão inicial era de concluir o serviço dia 29 de setembro.
Com isso, o contrato será rescindido. O caso foi encaminhado para a 21° Coordenadoria Regional de Obras Públicas, que dará o encaminhamento para que seja chamada a segunda colocada. Caso ela não aceite concluir o serviço com o mesmo preço da primeira, a terceira colocada será chamada, e assim por diante. Se nenhuma empresa aceitar, a licitação será anulada e um outro processo aberto. Não há um prazo para as obras serem retomadas.
Enquanto isso, metade da estrutura da escola está interditada. Os alunos não podem utilizar o pátio, o ginásio e nem o refeitório. Uma sala de aula foi adaptada para os alunos fazerem as refeições. A diretora Itamari Pires Teixeira diz que não é possível usar o fogão e, por isso, o cardápio teve de ser adaptado.
— Como não podemos usar a rede de gás e ter fogão, as crianças estão comendo somente lanches, bolachas e frutas. Tivemos que adaptar o cardápio — disse a diretora.
O local está com energia elétrica e as aulas estão ocorrendo no espaço reduzido. Além do pátio, ginásio e refeitório, metade das salas de aula e da administração não podem ser usadas. Dos 5 mil metros quadrados, cerca de 2 mil estão sendo utilizados.
Em abril deste ano, os Bombeiros constataram uma série de problemas estruturais no prédio da escola e determinaram a interdição de todo o espaço. As crianças ficaram sem aulas até o mês de junho, quando parte do prédio foi liberado, mas sem energia elétrica. No mês seguinte, as aulas foram suspensas no turno da tarde devido à pouca incidência de sol. Após as férias, as aulas foram retomadas nos dois turnos.