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Ampliação de equipes de plantão, manutenção e inspeção preventiva em linhas, investimentos em melhorias de equipamentos e aumento da potência instalada em alguns locais fazem parte das estratégias da CEEE Equatorial para assegurar o fornecimento de energia elétrica entre os meses de dezembro de 2022 e fevereiro de 2023 no Litoral do Rio Grande do Sul. A companhia, que conta com 19 municípios da orla – de Torres, no Norte, a Santa Vitória do Palmar, no Sul – em sua área de concessão apresentou nessa sexta-feira (16) o Plano Verão, com uma série de ações pensadas para evitar interrupções dos serviços e transtornos aos veranistas durante o período de maior demanda nas praias gaúchas.
Superintendente técnico da empresa, Julio Eloi Hofer explica que o primeiro passo foi a realização de um planejamento prévio para dar maior agilidade no atendimento à população, solidez na operação e continuidade no fornecimento. A partir de análise interna e da expectativa de algumas prefeituras para projetar o aumento de carga, o primeiro passo foi traçar um cronograma de manutenção na estrutura de baixa, média e alta tensão.
A meta – assim como na temporada passada, em que não houve interrupções de maior complexidade nas festas de Natal e Réveillon – é preparar a operação com antecedência para o significativo aumento de necessidade de energia na estação mais quente do ano.
– Ainda temos muitos investimentos por fazer. Nossa estratégia inicial foi realizar os aportes necessários em novas fontes e garantir a energia para, depois, chegar nas melhorias de qualidade e continuidade do serviço. Esse ano, o diferencial é que já chegamos com importantes obras realizadas em ampliações de subestações – comenta.
Investimentos em vários municípios
Entre os investimentos destacados, foi concluída, em dezembro, a ampliação de 60% da capacidade da subestação de Osório 1, na BR-101, avaliado em R$ 4 milhões, com abrangência para 24,5 mil clientes também nas vizinhas Maquiné, Caraá e Cidreira. A instalação de um transformador maior, que eleva para 40 megavolt-ampere (MVA) de potência instalada também incrementa o suprimento disponível nos outros 18 municípios. Em Santo Antônio da Patrulha, mais R$ 4,6 milhões foram utilizados na subestação da Av. dos Imigrantes, em processo semelhante.
Em Torres, outros R$ 2,3 milhões resolveram uma demanda ambiental antiga na rede de distribuição que fornece energia para a região próxima ao Parque Estadual de Itapeva. A linha foi recomposta e retirada da área do parque, evitando contato com a vegetação e beneficiando a qualidade do fornecimento. Na cidade de Mostardas, foi realizada a entrega de uma obra orçada em R$ 1,2 milhão, que permite uma segunda fonte de suprimento à cidade. Ou seja, caso falte energia por uma linha, a outra será acionada por manobra.
Em todo o Litoral, os investimentos em linhas de distribuição e automação superaram R$ 5 milhões, com destaque para a construção de dois novos alimentadores na subestação Capão Novo. Além disso, também foram destinados R$ 2,3 milhões na troca de rede de cobre, visada por furtadores, para alumínio. Mais de 10km de linhas foram substituídas em Balneário Pinhal, Tramandaí, Tavares e Osório, próximo à Atlântida Sul. Ao todo, os recursos listados somam R$ 19,4 milhões.
Fiscalização reforçada
Hofer ainda destaca a alteração da metodologia e dos investimentos, com inspeções frequentes e físicas. A fiscalização em campo, acrescenta, adotou critérios e prioridades dentro das estruturas de alimentadores ou subestação das cidades. Cada uma foi vistoriada, ao menos três vezes no ano. O olhar mais próximo da rede, com profissionais capacitados para identificar falhas, revelam as possibilidades de problemas no futuro.
Com base nisso, de acordo com a urgência de cada defeito, tem início a etapa de correções. Com 100% das inspeções programadas realizadas, a execução chega a 85%, o restante será monitorado, diz, pois as eventuais falhas podem envolver desde problemas graves que indiquem probabilidade maior de interrupção eminente até uma observação de algo que no futuro pode ocasionar transtornos, como uma árvore próxima à rede, cujo crescimento pode gerar um bloqueio.
— Os principais pontos de inspeção estão vinculados ao tamanho da rede e são Tramandaí, Capão da Canoa e Torres, os maiores centros. Hoje a principal causa de interrupção da companhia é a chamada falha de material e equipamento. Algumas estruturas antigas que acabam gerando problemas. Ainda temos uma estrutura com 80% dos postes de madeira.
Confira os endereços das agências de atendimento
Período: de dezembro a fevereiro, exceto os feriados
Horários: de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h . Sábados, das 8h ao meio-dia
- Balneário Pinhal : Avenida Castelo Branco, 181, Centro
- Capão da Canoa: Rua Ubatuba, 581, Centro
- Torres: Avenida Silva Jardim, 111, Centro
- Tramandaí: Rua Amâncio Amaral, 1.138, Centro
Outros canais
- Site: https://ceee.equatorialenergia.com.br/
- Fone: 0800-721-2333
- Para falta de energia, SMS 27307, que deve ser preenchido com a palavra LUZ e o número da Unidade Consumidora (encontrado no canto superior direito da fatura de energia).
- WhatsApp Clara: (51) 3382-5500, para solicitar religação e informar falta de energia (basta adicionar o telefone à sua lista de contatos).
A operação
- Plantão de atendimento operacional, com cerca de 70 equipes (200 profissionais) para serviços como restabelecimento da energia, inspeção e ligação nova
- Inspeção e ações de equilíbrio de carga para evitar a sobrecarga em equipamentos de rede
- Reordenamento e reforma de mais de 30 equipamentos (disjuntores, seccionadoras, sistemas de proteção e automação), que darão mais agilidade na recomposição de linhas interrompidas
- Realização de cerca de 350 inspeções em linhas de transmissão, com a correção em aproximadamente 600 pontos
- Verificação de 900 itens em subestações com ajuste em 700 pontos, atingindo eficácia de 90% do Plano de Manutenção para sistemas de Alta Tensão
- Realização de cerca de 300 inspeções em linhas de distribuição, com a correção de 2,8 mil pontos;
- Aumento de potência instalada nas subestações Arroio do Sal, Capão Novo e Atlântida Sul, a partir da instalação de unidades móveis para ampliar a disponibilidade de energia e atender a demanda
- Manutenção de mais de 10 sistemas de comutação dos transformadores de força, equipamentos que mantêm automaticamente a qualidade de energia fornecida pelas subestações
- Instalação de equipamentos de controle de tensão, para evitar sobrecargas
- Implantação de automação por meio de recomposição automática (Loop Automation) com a instalação de 73 equipamentos religadores no Litoral e a nova tecnologia de automação em Osório, Terra de Areia, Tramandaí, Mostardas, Balneário Pinhal e Santo Antônio da Patrulha
- Substituição de mais de 800 postes de madeira por outros de concreto
- Poda próxima ou sob a rede de distribuição, com a retirada de mais de 3 mil pontos de contato com a vegetação, sendo 90% nas zonas urbanas. Nas ações, foram utilizadas equipes de linha viva, sem a necessidade de desligamento de energia para os clientes