Aplicação mais tradicional dos brasileiros, a poupança volta a ganhar remuneração com o novo aumento da taxa básica de juro que, desde ontem, passou para 9% ao ano. Com a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de elevar a Selic em mais meio ponto percentual, a caderneta de poupança volta a ser corrigida pela fórmula antiga - taxa referencial (TR) mais 0,5% ao mês. Ou seja, pode ficar mais atraente do que alguns fundos de renda fixa considerando o ganho líquido mensal, que desconta taxas de administração e impostos.
É a primeira vez que volta a vigorar a regra antiga desde a mudança de maio do ano passado. Isso não significa que haverá uma corrida à caderneta, muito menos que se deva aplicar ou transferir tudo para esse tipo de aplicação logo em seguida. Também não se espera oscilação mais brusca porque as demais aplicações em renda fixa também terão ganhos adicionais.
E há outro mantra que já virou regra para muita gente. Diversificação é algo básico nas aplicações financeiras. Isso sem falar no fato de que os poupadores encontram maior rentabilidade em outras aplicações se não precisarem sacar em pouco tempo.
O grande trunfo da poupança é, de um lado, a garantia do governo para os depósitos de até R$ 70 mil e, de outro, todos sabem, sua comodidade e simplicidade, já que as regras são conhecidas da maioria. Tanto que, em julho, os depósitos superaram os saques em R$ 9,3 bilhões, segundo melhor mês de sua história.