
Com lançamento previsto para a primeira quinzena de maio, a Fase 4 do programa Minha Casa Minha Vida vai beneficiar famílias de classe média com renda bruta mensal de até R$ 12 mil ao mês.
Em entrevista ao programa Gaúcha Faixa Especial, da Rádio Gaúcha, o diretor para assuntos de Habitação de Interesse Social do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Ricardo Prada, comentou sobre os locais de Porto Alegre que podem receber os imóveis.
Segundo Prada, a nova modalidade não se encaixa em bairros de alto padrão, e sim em áreas onde estão localizadas as avenidas Assis Brasil e Sertório, na Zona Norte, e os bairros Hípica e Jardim Ipanema, na Zona Sul. A região central de Porto Alegre, como o Quarto Distrito e a Avenida Azenha, pode ter menos imóveis disponíveis em função da oferta.
— O problema não é o bairro em si, mas a oferta suficiente de empreendimentos para imóveis novos. Mas há chance de aparecer nesses bairros imóveis que se encaixem na Faixa 4.
O diretor também explicou qual o provável modelo das habitações que podem entrar no limite máximo de 80% do valor financiamento:
— Serão estúdios, apartamentos ou casas de um dormitório e dois dormitórios compactos. Acima disso, como de três dormitórios, deve ser mais difícil, pois depende de custo do terreno e área de lazer do empreendimento.
Sobre imóveis com três dormitórios, avaliou:
— Não vou dizer que é impossível, mas vai depender de muita coisa para de repente um (espaço com) três dormitórios entrar nos R$ 500 mil — comenta.
Pela nova modalidade do programa, as famílias terão acesso a juros na casa dos 10% ao ano — menores que os acima dos 11,5% ou 12% ao ano praticados atualmente no mercado.
A Faixa 4 deverá permitir o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a operação de crédito. Por causa do uso de recursos do FGTS, a Faixa 4 somente poderá financiar a compra do primeiro imóvel, estabelecida como regra do Fundo. O mutuário financiará até 80% do valor do imóvel e complementará a diferença.
Ouça a entrevista na íntegra: