Dormíamos cedo naquela época, tão cedo que às vezes já estávamos na cama quando o pai chegava do trabalho. Ele compensava com um show pirotécnico. Entrava no quarto e, com todas as luzes apagadas e seu cigarro aceso, fazia desenhos no ar com a brasa, deixando as duas crianças fascinadas com aqueles riscos de fogo no escuro. Depois acendia a luz, dava um beijo em cada filho e ia jantar com a mãe.
A arte de fumar
Fumar é uma asneira gigante, mas nem por isso desprezo os fumantes
Risco fósforos para acender velas e faço fogo na lareira, meu jeito de voltar ao tempo das cavernas sem correr risco de vida
Martha Medeiros
Enviar email