Além de Sean "Diddy" Combs, outras celebridades também devem ser processadas por ajudar o rapper a realizar e encobrir agressões sexuais. Foi o que revelou o advogado Tony Buzbee, que representa 120 vítimas do Caso Diddy, na segunda-feira (7) ao TMZ. Diddy está preso nos Estados Unidos sob acusações de tráfico sexual, agressão e associação criminosa — a advogada do rapper nega todas as acusações.
Buzbee afirmou que diversas celebridades serão processadas pelo seu escritório de advocacia nas próximas semanas. Ele deu a oportunidade para que alguns famosos firmassem acordos por grandes quantias em dinheiro para evitar um processo público — o que já foi acatado por alguns deles, conforme o advogado.
— Em todos os casos, especialmente em casos como esse... porque é do melhor interesse da vítima, tentamos resolver essas questões sem abrir um processo público e já fizemos isso com alguns indivíduos, muitos dos quais você já ouviu falar — afirmou o representante.
As celebridades que serão envolvidas incluem aquelas que participaram das agressões, ajudaram a encobrir o caso ou foram a festas em que sabiam que as pessoas estavam sendo drogadas e violentadas e permaneceram em silêncio. P. Diddy promovia as chamadas freak-offs, festas descritas como "maratonas sexuais" no processo movido contra ele, que envolviam consumo abundante de drogas e sexo forçado.
— Queremos ter certeza de que, se nomearmos pessoas além do Sr. Combs, faremos nossa lição de casa, porque isso criará uma tempestade de fogo e entendemos isso — declarou o advogado.
Segundo Buzbee, nomes de empresas que teriam facilitado os crimes serão revelados ainda nesta semana. O advogado disse ao TMZ que uma das vítimas do rapper é um menino de nove anos e que recebeu "milhares de ligações" de pessoas afirmando terem sido vítimas de P. Diddy. A próxima audiência do caso está marcada para ocorrer nesta quarta-feira (9).
A advogada do rapper, Erica Wolff, também concedeu uma entrevista ao TMZ em que nega todas as acusações recentes contra o rapper, incluindo as que envolvem menores de idade, dizendo que as alegações são "falsas" e "difamatórias".
Caso Diddy
Diddy está sendo acusado pelo governo dos Estados Unidos de diversos crimes sexuais ao longo das últimas três décadas. A promotoria federal o acusa de tráfico sexual e extorsão, além de ser o comandante de uma organização criminosa desde 2008, em que ele não só agride como também trafica mulheres.
Considerado um magnata do hip-hop, Diddy é um dos grandes nomes da indústria fonográfica americana. Ele é rapper, produtor musical e empresário, e teve grande influência no estrelato de artistas como Usher, Mary J. Blige, Mariah Carey e The Notorious B.I.G.
O círculo social de Diddy é badalado, tendo sido associado ao longo dos anos a várias figuras poderosas da indústria, como Jay-Z, Beyoncé, Ashton Kutcher, Naomi Campbell e Leonardo DiCaprio. Na acusação criminal, o governo americano cita que o rapper organizava festas regadas a álcool e drogas em hotéis de luxo, que duravam dias. Apelidadas de freak-offs, as festas eram frequentadas por diversas celebridades do meio no início dos anos 2000.