O músico Marco Antonio de Figueiredo Luz, conhecido como Fughetti Luz, morreu às 4h30min desta sexta-feira (14), aos 76 anos. Referência do rock gaúcho, ele foi vocalista e compositor das bandas Liverpool e Bixo da Seda.
A informação do óbito foi confirmada por José Leonel de Carvalho, conhecido como China, 61 anos, amigo de longa data de Fughetti. O músico, que era fumante, estava tratando problemas pulmonares que se agravaram nos últimos meses. Em razão disso, ele foi internado no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, onde faleceu.
Leonel, que é professor de História, acredita que Fughetti deixa um grande legado no rock para a capital gaúcha:
— É um legado de discurso e prática. Ele acreditava na música dele e isso não era negociável.
Fughetti Luz deixa uma filha, Shanti Luz, fruto do casamento com dona Zefa, já falecida, e uma neta, Bibiana.
A informação da morte de Fughetti começou a circular nas redes sociais no final da manhã desta sexta, com um comunicado do falecimento e informações sobre o velório, que está marcado para ocorrer a partir das 10h deste sábado (15), no Crematório Saint Hilaire, em Viamão. Uma cerimônia de despedida está marcada para as 14h, também no sábado.
No perfil do Facebook de Fughetti, a postagem mais recente é da filha Shanti, em celebração aos 76 anos do músico, completados em 10 de março. Ele morava em Tapes.
Entrevista icônica
Fughetti esteve sem falar com a imprensa de 2002, quando lançou seu disco solo, até 2015. Naquele mesmo ano, recebeu o colunista da Zero Hora Juarez Fonseca para um longo bate-papo. A matéria publicada em 16 de outubro de 2015 foi chamada pela frase: “Pra tudo que termina há um novo recomeço”.
A resposta veio após o jornalista questionar se o rock estaria em uma encruzilhada. "Acompanho sempre, presto atenção, tô sempre catando coisas novas na TV a cabo. Fora os discos. E se o rock está numa encruzilhada é porque tem um caminho novo surgindo, pra tudo que termina há um novo recomeço.