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O programa do governo federal Saúde Não Tem Preço, que oferece gratuitamente 11 medicamentos para hipertensão e diabetes, ampliou em 318% o acesso ao tratamento dessas doenças no Rio Grande do Sul. São cerca de 2,3 mil drogarias credenciadas ao programa do Ministério da Saúde no Estado. O número de pacientes atendidos saltou de 78.593, em janeiro, para 328.415, em novembro. Em todo o país, a quantidade de beneficiados aumentou 264% no mesmo período.
No Rio Grande do Sul, a quantidade mensal de diabéticos beneficiados pelo programa cresceu 323% - pulou de 18.802, em janeiro, para 79.558, em novembro. No caso da hipertensão, o número aumentou 335%, no mesmo período - passou de 67.918 para 295.758 beneficiados.
- Essas doenças, por terem prevalência alta e estarem intimamente ligadas aos novos hábitos dos brasileiros, merecem atenção redobrada. A ampliação contínua do acesso aos medicamentos, comprovada pelos números do programa, representa uma melhora significativa na vida dos brasileiros - observa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A hipertensão arterial acomete 23,3% da população adulta brasileira maior de 18 anos, segundo dados do estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2010, que considera o diagnóstico médico referido pelo entrevistado. Em Porto Alegre, o percentual de hipertensos é de 25,5% da população adulta, abrangendo 20,7% dos homens e 29,5% das mulheres. De acordo com a mesma pesquisa, o diabetes atinge 6,3% da população adulta brasileira. Especificamente em Porto Alegre, 4,8% da população apresentam a doença - 5,7% dos homens e 7,7% das mulheres.
Quem pode se beneficiar
Os medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes são identificados pelo princípio ativo. Os itens disponíveis são informados pelas unidades do programa, onde os usuários podem ser orientados pelo profissional farmacêutico. É ele quem deverá informar ao usuário o princípio ativo que identifica o nome comercial do medicamento (de marca, genérico ou similar) prescrito pelo médico.
Para retirar medicamentos gratuitos nas farmácias credenciadas ao programa, é necessário apresentar receita médica. O objetivo é evitar a automedicação, incentivando o uso racional de medicamentos e a promoção da saúde. O paciente deve apresentar também CPF e documento de identidade com foto.
Eventuais dúvidas podem ser comunicadas ao Ministério da Saúde, pelos estabelecimentos credenciados ou pelos usuários do programa, por meio do Disque-Saúde (0800-61-1997) ou por e-mail: analise.fpopular@saude.gov.br.