O maior desafio para o Inter com o interesse do Atlético-MG em Edenilson é o de garantir que, em caso de permanência, o jogador faça o que fez nas duas oportunidades em que houve a possibilidade de se transferir para clubes do Oriente Médio.
Mesmo tentado por propostas que poderiam significar os melhores contratos de sua vida, o volante aceitou o que foi proposto pelo clube, ficou no Beira-Rio e fez crescer sua importância na equipe. Da última vez, no ano passado, a resposta foi tão positiva que, além de ser um dos melhores da posição no Brasileirão, o jogador foi premiado com uma convocação para a Seleção Brasileira.
A situação agora se mostra diferente. Ir para o Galo é bom financeiramente, garante estar num time que lutará como forte candidato em todas as competições e o mantém numa vitrine excelente para ser visto por Tite no caminhando Catar. Aos colorados restará tentar mais uma vez um convencimento não-forçado. Caso contrário, e o risco existe, a manutenção a contragosto fará com que a solução seja pior do que a perda do atleta.
Os jovens indefinidos no Inter
Pelo menos dois jovens colorados merecem atenção especial para definirem 2022 como ano de afirmação na equipe ou condição de eternos coadjuvantes. Johnny é um deles.
Meia-atacante nas categorias de base, convocado como tal para a Seleção sub-23 dos Estados Unidos e fixado como volante na equipe colorada desde 2020, ele não conseguiu ter sequência, embora mostrando qualidades e algumas boas atuações esparsas. Se trata de um meio-campista nitidamente com qualidade, mas indefinido.
Algo semelhante acontece com Maurício. Com uma resposta mais sólida do que seu companheiro, o ex-jogador do Cruzeiro tem momentos em que se mostra pronto para ser titular e outros em que deixa dúvidas de sua qualidade coletiva. Alternativa como meia ofensivo, quem sabe possa dar ares de articulador, algo tão raro necessário para os colorados desde que D’Alessandro perdeu sua melhor condição. Tarefas para o Cacique.