
A passagem turbulenta e fugaz de Ricardo Vélez Rodríguez no Ministério da Educação só não foi mais curta que a de Cid Gomes no comando da pasta. O irmão de Ciro Gomes ficou apenas 76 dias no cargo. O filósofo apadrinhado por Olavo de Carvalho, 98.
De lados opostos no campo ideológico, os ex-ministros de Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro colecionaram polêmicas em Brasília.
Vélez Rodríguez defendeu a gravação de crianças cantando o hino nas escolas e chegou a propor a revisão de livros didáticos em relação a 1964.
Já Cid Gomes, em menos de três meses, entre janeiro e março de 2015, anunciou cortes no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), justificando que não iria "botar gente em qualquer faculdade". Propôs também a aplicação de Enem online e acabou demitido ao chamar deputados de "achacadores" no plenário do Congresso.

O vácuo com a saída de Cid Gomes foi sentido à época. No ano seguinte, a pasta chegou a ter três ministros diferentes: Luiz Cláudio Costa (interino), Renato Janine Ribeiro e Aloizio Mercadante.
A conferir se a despedida de Vélez Rodríguez será sentida da mesma maneira ou se a chegada de Abraham Weintraub acalmará os ânimos.