
O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Uma comitiva da região metropolitana de Porto Alegre estará em Brasília na terça-feira (8) para uma reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A agenda está marcada para as 18h, na sede do ministério. Pelo menos 13 prefeitos já confirmaram presença, além de representantes de outras quatro cidades.
Trata-se de mais uma etapa da mobilização política que visa conseguir verbas adicionais para fazer frente à crise no setor. Além da União, os prefeitos tentam convencer o governo estadual a ampliar os aportes para desafogar os atendimentos na Grande Porto Alegre.
Além de Sebastião Melo, participarão da agenda gestores de outras cidades populosas da região, como Airton Souza (Canoas), Gustavo Finck (Novo Hamburgo) e Rafael Bortoletti (Viamão).
O deputado federal Luiz Carlos Busato (União Brasil), que ajudou a acertar a agenda, também pretende convidar membros da bancada gaúcha no Congresso para comparecer e reforçar o pleito das prefeituras.
O principal pleito levado a Padilha será o aumento no chamado "teto MAC", indicador pelo qual o governo federal ajuda a custear ações de média e alta complexidade, como consultas, internações e cirurgias. Também haverá pedido de um aporte extra para fazer frente às dificuldades enfrentadas neste ano.
Os municípios alegam que os repasses atuais são insuficientes para custear a demanda de serviços. Em Porto Alegre, a taxa de ocupação de leitos está em 98%, com perspectiva de agravamento pela chegada do inverno.
Assim que a agenda foi confirmada, no sábado, cada município começou a preparar um ofício descrevendo seus custos e o déficit estimado. O objetivo é fornecer detalhes de cada cidade para convencer o ministério a incrementar os repasses.
Na Capital, de acordo com o secretário Fernando Ritter, o pleito é por um acréscimo de R$ 40 milhões por mês no teto MAC — hoje, o valor é de cerca de R$ 120 milhões.