Segundo suplente da bancada do PP na Câmara, o jornalista André Machado assumiu a cadeira por três dias, na ausência de Mauro Pinheiro, já que a primeira suplente, Mônica Leal, foi para a Secretaria de Transparência.
Na primeira manifestação na tribuna, o diretor-geral do Departamento Municipal de Habitação (Demhab) dirigiu-se a vereadores de esquerda e de direita e pediu que deixem de lado as divergências para focar nas convergências. Fora da tribuna, conversou de forma amistosa com vereadores de esquerda.
Citando nominalmente alguns vereadores de diferentes partidos, como Jessé Sangali (PL), Fernanda Barth (PL), Karen Santos (PSOL) e Erick Dênil (PCdoB), André Machado disse que concordava pontualmente com eles e, por isso, apelava para que analisassem os projetos do prefeito Sebastião Melo olhando para o interesse público.
— Peço que leiam os projetos sobre assistência social que estão aqui. A transformação da Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania) em secretaria nos entregará piores serviços? Nenhum convênio vai ser desfeito e vamos respeitar os direitos dos trabalhadores. Mostrem-nos como podemos melhorar — apelou.
André reconheceu, por exemplo, a necessidade de olhar para o entorno do Arroio Dilúvio, cujo projeto de revitalização está previsto em uma Operação Consorciada Urbana, sem ignorar as vilas próximas da margem (Ilhota, Vila São Pedro, Integração dos Anjos e São Judas Tadeu). Disse que, pela primeira vez, a prefeitura tem um projeto habitacional para pessoas idosas que vivem sós e que deverão ter acesso à moradia por meio do aluguel social
O vereador disse concordar com Fernanda Barth, quando fala da importância da liberdade de expressão. Lembrou que seu pai, ex-vereador e ex-deputado Dilamar Machado, era um defensor da liberdade e da democracia, mas assim mesmo teve o mandato cassado em 1969 pela ditadura militar.
Dirigindo-se a Karen Santos, disse que a pauta antirracista não é exclusividade de um partido e que tem trabalhado para atender as demandas das comunidades quilombolas.