As primeiras ações de Donald Trump de volta ao poder demonstram seu total desprezo pelo sistema multilateral, pelo arranjo internacional que os Estados Unidos erigiram e lideraram após a Segunda Guerra Mundial. O concerto que se tem, o sistema das Nações Unidas, é falho, mas, bem ou mal, vem garantindo, pós-1945, que o mundo não tenha uma nova guerra de proporções globais.
Ao retirar os EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Acordo de Paris, Trump está desdenhando, desqualificando esse arranjo liberal, a chamada ordem global baseada em regras.
Trump é um empresário, mas não é um liberal. Um liberal preza pela globalização, pelo comércio internacional. Trump é a favor do protecionismo, de taxar nações.
A maior prova disso é que o Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, está em compasso à espera do cumprimento das promessas do republicano que voltou vitaminado ao poder.