O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva passou no primeiro teste: a PEC da Transição foi aprovada no plenário do Senado em primeiro turno por 64 votos contra 16 (eram necessários 49, ou seja, se conseguiu 15 a mais). Em segundo turno, o placar foi 64 a 13.
Dos três gaúchos, apenas Paulo Paim (PT) votou pelo "sim" à proposta encaminhada pelo gabinete de transição. Luiz Carlos Heinze (PP) e Lasier Martins (Podemos) se posicionaram contrários à PEC.
No PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, dos oito presentes no plenário, cinco votaram "não". Três votaram "sim" - o que indica que a legenda não é um bloco monolítico. Votaram pela aprovação: Eduardo Gomes, de Tocantins, Wellington Fagundes, do Mato Grosso, e Zequinha Marinho, do Pará.
PP, partido de oposição a Lula, dos 7 senadores, três votaram "sim" (Elmano férrer, do Piauí, Kátia Abreu, do Tocantins, e Mailza Gomes ,do Acre).
A PEC aprovada eleva em R$ 145 bilhõeso teto de gastos pelo período de dois anos para o pagamento de R$ 600 para pessoas carentes, no Bolsa Família (atual Auxílio Brasil), além de um valor de R$ 150 para famílias por criança de zero a seis anos. O texto também permite gastos extras de R$ 23 bilhões mediante receitas extraordinárias. O impacto total é de R$ 168 bilhões.
Na Câmara, a expectativa é de que a PEC seja analisada na semana que vem na Câmara, com votação provável na quarta-feira. O texto não deve passar por comissões, uma vez que será "apensado" (juntado) a outro, que já está pronto para ir a plenário. São necessários 308 votos dos 513 deputados para aprovação, com votação também em dois turnos.