Minha avó era coruja. De verdade. Não no sentido da fábula da ave que via seus medonhos filhotes como os mais lindos do mundo. Era coruja porque carregava esse sobrenome que designa a ave noturna. Seu pai, um dos meus bisavôs, chamava-se Antônio Alves Coruja, mas a filharada não curtia muito o nome de família, provavelmente devido ao bullying de todas as épocas que não poupa ninguém com identificação de duplo sentido. Tão logo casou-se com um Souza, dona Rita excluiu o sobrenome paterno.
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