Não sou propriamente um observador de pássaros, mas venho notando nos últimos dias o comportamento atípico de alguns bandos que frequentam a zona sul da Capital. Antes, era raro ver uma caturrita. Agora, há dezenas delas. Quando ocupam seus condomínios instalados em coqueiros, eucaliptos e outras árvores altas, ninguém dorme nas proximidades. São escandalosas, conversam aos gritos e – dizem os especialistas – têm talento para imitar a voz humana. As que tenho encontrado, felizmente, falam apenas a língua das caturritas, pois eu jamais me recuperaria do choque se encontrasse alguma discursando como uma ministra do Supremo.
IPANEMA
Já tem até urubu pousando em galho verde
Desconfio de que, por questões de saúde pública, cedo ou tarde haverá algum tipo de controle sobre eles.
Nílson Souza
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