
Passada a "ressaca" de Carnaval, o dólar despencou 2,71%, para R$ 5,756, nesta quarta-feira (5). De um só vez, cruzou para baixo as barreiras de R$ 5,90 e R$ 5,80, onde havia voltado a operar na semana passada.
O alívio veio de onde antes havia pressão. Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmar taxas de importação de 25% sobre Canadá e México, o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, disse que o governo estuda diminuir o ritmo da política tarifária.
— Acho que Trump vai trabalhar em algo com México e Canadá. Não vai ser uma pausa, mas acho que ele vai descobrir: você faz mais e eu vou encontrá-lo no meio do caminho — afirmou Lutnick na véspera.
Já nesta quarta-feira, Trump concordou em adiar por um mês as tarifas para carros que entram nos EUA por México e Canadá. A decisão ocorreu após o presidente conversar com os líderes das três principais fabricantes americanas que montam veículos nos países vizinhos, Ford, GM e Stellantis.
É bom lembrar que a promessa de campanha de Trump de elevar os impostos sobre produtos importados teria grande potencial de abalo no câmbio por aumento de inflação.
Dólar vai cair mais?
No entanto, o especialista em investimentos e sócio da GT Capital Josias Bento afirma que "essa queda não significa que o dólar seguirá nessa tendência indefinidamente".
Conforme o Relatório Focus apresentado nesta quarta-feira, a maioria dos economistas consultados prevê o câmbio em R$ 5,99 no final deste ano.
*Colaborou João Pedro Cecchini