
Em um dia em que Donald Trump ficou mais focado em problemas internos, o mercado financeiro no Brasil teve um dia de alívio. O dólar fechou com queda de 1,03%, para R$ 5,804.
O presidente americano pediu a demissão do atual presidente do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve, o Fed), Jerome Powell. Como o Fed é independente, Trump não pode simplesmente demiti-lo. Teria de esperar que ele pedisse para sair, o que não deve ocorrer.
A imprensa americana mais "amiga" de Trump relata que ele já fez consultas internas sobre alguma forma de se livrar de Powell antes do final de seu mandato. Foi, obviamente, desaconselhado. Mas Trump é... Trump. Tudo pode acontecer.
Até o compromisso mais internacional de Trump nesta quinta-feira (17), uma conversa com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, foi ofuscada pela queda-de-braço com Powell. Como, obviamente, foi perguntado sobre o assunto, respondeu assim:
— Se eu quiser que Powell saia, ele sairá muito rápido.
Só não explicou como.
Meloni foi muito criticada na Itália e na União Europeia por esse encontro – apontado apenas como um ganho político por aparecer ao lado de Trump. Como a coluna registrou, a UE está se rearmando por não confiar mais na aliança com os EUA. Não por acaso no dia anterior, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, havia feito uma frase de impacto sobre o virtual rompimento com os EUA:
— O Ocidente como o conhecíamos não existe mais.