O dólar encerrou a sequência histórica de 12 baixas consecutivas nesta quarta-feira (5). A moeda americana fechou com oscilação para cima de 0,4%, para R$ 5,794, ainda dentro do patamar no qual não operava desde novembro de 2024.
Não há um motivo óbvio para a alta, o que pode indicar nova acomodação, agora para moderar o ajuste do exagero do final do ano passado. Analistas observam que gestores estão reduzindo o prêmio de risco sobre o real, que tinha o segundo melhor desempenho frente ao dólar em 2025.
No entanto, a percepção do mercado nesta quarta-feira é de que a corda da redução está esticada. Como a coluna já havia sinalizado, boa parte dos economistas vê pouco espaço para quedas mais fortes.
O que ajudou a aliviar o câmbio no período de 12 sessões foi a não aplicação drástica de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O que restou do que parecia ter sido a guerra mundial comercial foi uma tarifa de 10% para produtos chineses — que é muito, mas nada perto do que se temia.
É preciso observar que o dólar sobe apesar de um sinal que vem sendo lido como sintoma da desaceleração prevista da economia brasileira. A produção industrial teve novo recuo de 0,3% em dezembro, depois de uma queda de 0,7% em novembro.