
Com assinatura do contrato marcada para segunda-feira (24), a construção de quatro navios sob encomenda da Transpetro prevê que os cascos feitos no Estaleiro Rio Grande, administrado pela Ecovix, com acabamento em Niterói, na unidade do Mac Laren, parceiro no consórcio que venceu a licitação. Na imagem acima, como a Transpetro mostra uma embarcação do tipo que será construída.
São considerados "pequenos" na indústria naval, que tem uma escala peculiar, porque o comprimento pode chegar a 160 metros – uma quadra e meia para dar ideia. "Handy" é uma classificação de capacidade de transporte de carga em peso, da expressão "handysize", ou seja "tamanho handy". A categoria geral vai de 15 a 40 mil toneladas, e os que serão construídos para a frota da Petrobras terão de 15 a 18 mil toneladas.
A palavra em inglês vem de "hand" (mão) e significa "manejável" ou "prático". Para um navio, isso significa fácil acesso a pequenos portos e de manobras quando não está atracado. Costumam transportar cargas de aço, grãos, cimento e fertilizantes, mas no caso específico vão abastecer as plataformas de produção de petróleo, o que ocorre em alto-mar.
Esses navios costumam ser construídos em países como Japão, Coreia do Sul, China, Vietnã, Filipinas e Índia. Para construir no Brasil, a Transpetro fez uma licitação internacional, mas com critérios para dar igualdade de condições a estaleiros nacionais.
Conforme havia detalhado o presidente da Transpetro à coluna, as embarcações terão depreciação acelerada (antecipação do valor deduzido da base de cálculo de tributos federais, o que reduz o peso já nos primeiros anos de uso), serão financiadas pelo Fundo de Marinha Mercante, se forem nacionais, e no preço serão considerados os impostos pagos quando é preciso importar navios.
Na licitação, uma das exigências foi de que os “handy” tenham mais eficiência energética e menor emissão de gases causadores do efeito estufa. Poderão usar combustível marítimo (bunker, derivado de petróleo) ou biocombustíveis. A ambição é reduzir em 30% as emissões em relação aos atuais navios da frota.