Após beliscar os R$ 6,20 na máxima do dia, o dólar fechou com variação para cima de 0,3%, para R$ 6,181, nesta sexta-feira (3). Com agenda econômica esvaziada na primeira semana de 2025, a subida da cotação ainda reflete a tensão do mercado com as contas públicas do país.
A pressão aumentou depois que o banco HSBC rebaixou a recomendação de compra de ações brasileiras de neutra para underweight (abaixo da média de mercado). A mudança de classificação tem potencial de intensificar a saída de capital estrangeiro do mercado financeiro do país.
Também ajudaram a valorizar o dólar nesta sexta-feira indicadores econômicos dos Estados Unidos que mostraram que a economia do país segue aquecida, o que favorece a manutenção da taxa básica de juro norte-americana - é manifestação do mesmo efeito 'economia real X mercado.
Cortes teriam potencial de ajudar a atrair investidores para o Brasil, que opera em ciclo de alta de Selic, por aumento de diferencial de juro, ou seja, elevação do abismo que já existe entre a taxa americana e a nacional.
*Colaborou João Pedro Cecchini