Na manhã desta terça-feira (28), o dólar cruzou a fronteira dos R$ 5,90. Com recuo de 0,45%, é cotado a R$ 5,886. Desta vez, porém, a queda não é atribuída a Donald Trump, como ocorria desde a segunda-feira passada (20), data da posse do novo presidente dos Estados Unidos.
Analistas não apontam causa específica para a redução – que nem é muito grande –, mas alguns falam sobre correção de exagero na depreciação do real no final do ano passado.
Um dos que vêm mencionando essa diluição da pressão excessiva é o economista-chefe do banco Pine, Cristiano Oliveira, que havia observado o "exagero" de dezembro de 2024 no final da semana passada.
— Houve exagero, que agora está diminuindo, assim como em muitos países emergentes nos primeiros dias do governo Trump com o fato de ele não ter elevado tarifas (impostos de importação) como ameaçou – detalhou.
A coluna quis saber se o ensaio do governo Lula de adotar medidas para conter a inflação – consideradas inócuas e até contraproducentes no mercado – não embute o risco de reforçar a pressão, Cristiano ponderou que economistas e gestores de grandes fundos precisam "saber separar ruído de tendência":
– Ruído vai ter sempre, como sempre teve. O mercado trabalha olhando para novas informações a cada segundo. Um ruído às vezes tem efeito, depois deixa de turbinar. É preciso separar os efeitos.