A digitalização e a inteligência artificial estão, claro, no foco de grandes empresas, mas o fator humano segue à frente na ordem de preocupação. "Desenvolvimento de pessoas, retenção de talentos e/ou sucessão" foi o mais citado entre os 10 focos apontados na sondagem As prioridades da alta liderança para 2025, resultado de consulta a 117 líderes com poder de decisão em empresas de 13 segmentos consultados feita pela ANK Reputation.
A atualização tecnológica e de processos produtivos, assim como a transformação digital, aparecem em seguida, em segundo e terceiro lugares.
O levantamento também perguntou sobre os maiores riscos que líderes empresariais identificam para este ano. Os três apontados com maior frequência foram insegurança cibernética e de tratamento de dados (69%), má conduta e comportamento antiético de lideranças e colaboradores (47%) e questões regulatórias e de conformidade (38%).
Como o foco da ANK é reputação, também houve consulta específica sobre o tema. Mais da metade dos líderes responderam que suas empresas têm alguma iniciativa nessa área de reputação, mas a empresa que realizou o levantamento observa que "há espaço para avanços". E diagnostica:
— Em boa parte, as empresas não têm processo e metodologia para gestão de reputação. Ou seja: não dispõem de estratégia aprovada e conhecida, métodos, processos, metas e mensuração de resultados em relação à reputação das empresas.
As prioridades corporativas
- Desenvolvimento de pessoas, retenção de talentos e/ou sucessão | 68%
- Atualização tecnológica e de processos produtivos | 43%
- Transformação digital | 40%
- Reputação e marca | 35%
- Processos de M&A e/ou busca de investidores | 28%
- Reestruturação para “arrumar a casa” | 26%
- Governança e compliance | 22%
- Relações institucionais e governamentais | 16%
- Estratégia e ações ESG | 15%
- Política e treinamento para gestão de riscos e crises | 6%
Como foi feito o levantamento
O questionário foi aplicado entre os dias 29 de outubro e 26 de novembro de 2024 em todo o país. Entre os consultados, 49% são presidentes ou CEOs, 15% são vice-presidentes e outros executivos em nível de alta gestão, 13% são membros de conselhos e 23%, diretores. A maior parte das empresas da amostra (42%) tem faturamento acima de R$ 1 bilhão, enquanto 17% faturam entre R$ 501 milhões e R$ 1 bilhão; 4,2%, de R$ 301 milhões a R$ 500 milhões, e 36,8%, até R$ 300 milhões.
Leia mais na coluna de Marta Sfredo