Fundada pelo casal gaúcho Daiana Moreira e Emmanuel Polanczyk Batalion, a marca de roupas femininas Toda Frida está expandido seu negócio para Estados Unidos e Europa. É resultado do bom desempenho da marca em meio à pandemia: em 2020, o faturamento cresceu 230% em relação ao ano anterior.
Criada em 2014, a marca nasceu da vontade do casal de empreender. Usando como modelo de negócio o conceito slow fashion (em português, moda lenta), a empresa vende por meio do seu e-commerce coleções com quantidade menor de peças em relação às grandes redes de varejo que atuam no conceito fast fashion, ou seja, moda rápida.
Os gaúchos concentram a administração da marca em Santa Catarina. A fábrica fica em Criciúma, em mil metros quadrados. Mas tudo começou em Araranguá, em uma unidade de produção com 150 metros quadrados.
Na avaliação de Daiana, diretora de marketing da empresa, a moda retrô — peças que recuperam os modos de vestir em períodos passados, como da década de 1970 — é um dos fatores que viabilizou a exportação. Conta que a marca tem um público que "valoriza muito" esse conceito.
— Exportar nossos produtos era um sonho desde o início, porque realmente acreditamos no potencial da marca. Temos certeza de que essa experiência vai abrir muitas portas e trazer um grande aprendizado, tanto em relação à percepção do produto quanto sobre o mercado de moda europeu de modo geral — detalha.
No site, um vestido da marca não sai por menos de R$ 337. No e-commerce, também é possível encontrar calças, macacões, blusas, casacos, bolsas, acessórios e sapatos. O conceito slow fashion também tem foco na sustentabilidade dos processos de fabricação das peças. Todos os retalhos dos tecidos são reaproveitados e viram elásticos para cabelo (tendência nos anos 1980 e 1990), máscaras, cintos e outros acessórios.
— Nossa preocupação não está apenas na exclusividade das coleções, mas também na qualidade dos tecidos com que confeccionamos as peças. Na Toda Frida, pensamos no ambiente, todos os nossos fornecedores são certificados — afirma Daiana.
Algumas das peças são confeccionadas e recebem acabamento artesanal, como bordados. Para fortalecer os negócios locais, todas são fabricadas com materiais da região.
* Colaborou Camila Silva