O jornalista Leonardo Vieceli colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço.
Apesar de o coronavírus espalhar incertezas na economia, a Black Friday aparece no calendário do segundo semestre com potencial para gerar alívio e estimular negócios. Essa é uma das sinalizações de pesquisa da Globo a respeito da data, que será celebrada em 27 de novembro.
Dados referentes a Porto Alegre apontam que 60% entrevistados costumam comprar na Black Friday. A exemplo do restante do país, a Capital tem demanda reprimida entre os consumidores durante a crise, o que pode favorecer as promoções no penúltimo mês do ano.
Conforme o estudo, realizado de maneira online, seis em cada 10 internautas consultados deixaram de comprar algum item em meio à pandemia. E é esse grupo que, no segundo semestre, enxerga na Black Friday uma oportunidade de adquirir produtos com preços reduzidos.
A pesquisa indica ainda que 33% dos consumidores já têm planos de comprar na Black Friday, seja em lojas físicas ou digitais. Outros 27% não decidiram até o momento, enquanto 40% não pretendem adquirir produtos.
Entretanto, sete em cada 10 pessoas dos dois últimos grupos poderiam repensar sua postura e comprar na data caso ajudassem a manter empregos. A informação pode ser interpretada como um gesto de solidariedade em tempos de pandemia.
Para 52% dos consumidores, a Black Friday será a melhor época para fazer aquisições em 2020. A pesquisa foi realizada em 12 e 13 de agosto.
No país, foram ouvidas 1.726 pessoas das classes A, B e C, com idades a partir de 18 anos. A amostra da capital gaúcha corresponde a 3,7% do total.
Em 2019, a data movimentou cerca de R$ 3 bilhões no país, destaca a Globo, a partir de dados da Ebit-Nielsen. "A Black Friday terá ainda mais importância em 2020. Consumidores e marcas mais confiantes devem aquecer o comércio, marcando uma retomada importante para o varejo brasileiro no segundo semestre", avalia, em nota, Henrique Simões, especialista em varejo da área de inteligência de mercado da Globo.