A volatilidade guiou o pregão desta sexta-feira (17). O dólar abriu em baixa, subiu à máxima de R$ 6,09 ainda pela manhã e fechou com variação para cima de 0,2%, em R$ 6,066, quase estável em relação à cotação da véspera.
Foi o último dia de negociação antes da posse de Donald Trump, marcada para próxima segunda-feira (20). Não se sabe que medidas o republicano vai tomar, o que deixou o mercado na defensiva para passar o final da semana. A mais ameaçadora do ponto de vista cambial é o aumento acentuado do imposto de importação, que teria efeito na inflação e no juro americano.
A boa notícia é que Trump e o presidente da China, Xi Jinping, conversaram por telefone nesta sexta-feira. O americano ameaçou tarifar produtos chineses em 60%, o que abriria uma guerra comercial entre os países. A conversa, no entanto, foi descrita por Trump como "muito boa para a China e os EUA".
É bom lembrar que há muita especulação sobre o aumento – ou ameaça – do imposto de importação prometido por Trump. Uma publicação do jornal The Washington Post já havia afirmado que a equipe do republicano estaria avaliando abordagem mais amena para taxas de importação, mas o presidente eleito fez questão de desmentir a hipótese.
*Colaborou João Pedro Cecchini