O tiro do Fed
A decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de fazer um corte extraordinário de 0,5% ponto percentual, na terça-feira, deveria tranquilizar os mercados. Como foi a primeira medida desse tipo e dimensão desde a crise de 2008, acabou acentuando o nervosismo. Uns dizem que foi um tiro no pé, outros no peito. Desde então, os tombos nas bolsas se acentuaram.
Como o coronavírus afeta empresas gaúchas
No Estado, o coronavírus tem impactos negativos e positivos. Há empresas que se preocupam com redução de estoques, especialmente as indústrias eletroeletrônicas, e outras que projetam mais vendas, como a multinacional Randon, pequenas fabricantes de álcool gel e boa parte do setor de máquinas e equipamentos. Também há casos de aumento de preços chegando ao varejo, especialmente de eletroeletrônicos.
Pibinho...
Embora não tenha surpreendido pelo resultado geral, um pequeno avanço de 1,1%, o PIB de 2019 trouxe dados inquietantes do quarto trimestre, como a queda de 3,3% nos investimentos. Como são novos projetos que fazem a economia andar, houve redução geral nas projeções para o crescimento em 2020.
... e dolão
Sucessivas intervenções do Banco Central não evitaram que o dólar engatasse uma sequência de altas que impressionou até o ministro da Economia, Paulo Guedes. Embora não se possa falar em "queima de reservas", entre o pico de divisas e o último dia 3, a redução de estoque foi de US$ 27,3 bilhões. Embora seja um valor elevado, em percentual representa 6,8%. A cotação em reais da moeda americana quebrou 12 recordes em 13 dias úteis. Guedes admitiu que pode chegar a R$ 5 "se tiver muita besteira", mas "desce" se ele fizer tudo certo. Todos na torcida para que assim seja.